domingo, 25 de novembro de 2012

Charles Baudelaire - A Sopa e as Nuvens

Do livro: Pequenos Poemas em Prosa


2 comentários:

  1. Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 — Paris, 31 de agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do Simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia, juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.

    Nasceu em Paris a 9 de abril de 1821. Estudou no Colégio Real de Lyon e Lycée Louis-le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega).

    Em 1840 foi enviado pelo padrasto, preocupado com sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Pára na ilha da Reunião e retorna a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, e então sua fortuna torna-se controlada por um notário.

    Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O autor do livro é acusado, no mesmo ano, pela justiça, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são apreendidos, pagando de multa o escritor 300 francos e a editora 100 francos.

    Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas, "mais belos que os suprimidos", segundo ele.

    Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.

    Morreu prematuramente sem sequer conhecer a fama, em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire

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  2. Pequenos Poemas em Prosa

    Charles Baudelaire é considerado o mestre da tradição francesa dos poetas malditos. De sua obra derivaram o anticonvencionalismo de Rimbaud e Lautréamont, a musicalidade de Verlaine e o intelectualismo de Mallarmé. A verve do autor de As flores do mal revela a herança do romantismo negro de Edgar Allan Poe e Gérard Nerval.
    Nesta nova edição da coleção Grandes Traduções, o leitor encontrará "os pequenos grande poemas em prosa de Baudelaire", como define Ivo Barroso, autor do prefácio da obra. Entre eles, um de seus poemas mais conhecidos, "Enivrez-vous" ("Embebedai-vos"), publicado em 1868, em edição bilíngüe, como todos os 50 poemas que integram a obra. A primorosa tradução de Gilson Maurity para PEQUENOS POEMAS EM PROSA se esmera em tornar a obra mais acessível ao grande público, evitando rebuscamentos de estilo ou a utilização de palavras pouco freqüentes da linguagem atual.

    Os poemas de Baudelaire aqui reunidos passeiam do tom sarcástico e impiedoso, também presente em As flores do mal, à passagens sensuais, censuradas na época de sua primeira tentativa de publicação em jornal. É curioso observar que os poemas em prosa, como gênero literário, firmaram-se com a publicação de peças curtas não metrificadas, mas de teor poético, do próprio Baudelaire. Em suas palavras, "qual de nós, em seus dias de ambição, não sonhou com o milagre de uma prosa poética, musical, sem ritmo e sem rima, bastante maleável e bastante rica de contrastes para se adaptar aos movimentos líricos da alma, às ondulações do devaneio, aos sobressaltos da consciência?". O milagre estava feito. Baudelaire encontrara a chave da criação desse novo gênero literário, que influenciou toda a literatura universal, abrindo caminho para a poesia moderna.

    Le Spleen de Paris foi um dos muitos títulos sugeridos para PEQUENOS POEMAS EM PROSA, exprimindo perfeitamente a atmosfera da coletânea. Spleen significa melancolia, depressão nervosa, irritação, mau humor, o que bem define algo de seu conteúdo. Os textos retratam as caminhadas de Baudelaire por Paris e evocam as lembranças de mendigos, velhinhos, quadros, cassinos, hospitais, palácios, bairros - a que somos levados mais uma vez agora.

    Poeta da má consciência da burguesia, Baudelaire expiou as covardias e os compromissos da época e, acima de tudo, previu, como um profeta, o processo de decomposição de seu mundo. Aqui o feio, o riso e o cômico entram no território sagrado da poesia. Baudelaire renasce talvez como uma última flor do mal, entre as brumas do irracionalismo e do nacionalismo. Ele já comentara, em Paraísos artificiais, que a verdadeira realidade só existe nos sonhos.

    Charles Baudelaire nasceu em Paris em 1821 e morreu em 1867. Mestre da tradição francesa dos poetas malditos, sua arte é universalmente reconhecida como base e fonte da poesia moderna. Influenciou desde Rimbaud, Verlaine, Lautréamont até Mallarmé, Apollinaire e os surrealistas. Entre suas obras, destacam-se Os paraísos artificiais, As flores do mal, Curiosidades estéticas e A arte romântica.


    Fonte:
    http://www.bestiario.com.br/observatorio/livros_jorge_de_baudelaire.html

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