quinta-feira, 15 de maio de 2025

Memórias de sabores na ficção brasileira - Lançamento

O caldeirão já está fervendo. Vem que tem: Livro na Amazon


Memórias de Sabores na Ficção Brasileira é um delicioso mergulho nos sabores da literatura nacional. Neste terceiro volume da coleção Banquete Literário, o pesquisador Herman Augusto Schmitz reúne excertos de romances brasileiros em que a comida desperta lembranças, afetos e identidades. São cenas que evocam o paladar da infância, dietas excêntricas, menus históricos, refeições no campo ou temperos trazidos por estrangeiros e culturas étnicas. Com prefácio de Alamir Aquino Corrêa, o livro apresenta uma curadoria cuidadosa, dividida em introduções temáticas como Família, Hábitos, Fome, Rural e outras. Muito mais que uma coletânea de trechos, esta obra é um convite à reflexão sobre a presença simbólica da alimentação na construção de personagens, tramas e territórios culturais. Leitura essencial para amantes da literatura, estudiosos da cultura e apaixonados pela arte de comer com palavras.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Jean Cocteau - Epigrafias

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Epigrafias - Herman Augusto Schmitz — LANÇAMENTO!!!


 

LANÇAMENTO !!! https://a.co/d/9X6oGpK

✨ Epigrafias: Uma Antologia de Epígrafes

Organizada com maestria por Herman Augusto Schmitz, esta obra reúne 1.300 citações escolhidas dentre mais de 5.000 livros para levar você por uma jornada única através do pensamento humano.

📚 O que você encontrará:

Curadoria inteligente: Blocos temáticos que conectam ideias – de Artes, Escritores & Livros a Amor & Romance, Natureza e muito mais!

Fragmentos culturais: Aforismos, versos e confissões que dialogam com mentes brilhantes como Shakespeare, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Oscar Wilde e tantos outros.

Inspiração para criadores: Ideal para leitores, escritores, designers e todos que buscam inspiração e novas perspectivas.

📱 Formato Kindle: Leve essa riqueza de sabedoria para qualquer lugar e marque suas citações favoritas com um clique!

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#Epigrafias #Literatura #Inspiração #Citações #SabedoriaEmPalavras 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Miguel Ángel Asturias - Las cosas que pasan…

Miguel Ángel Asturias Rosales foi um renomado escritor e diplomata guatemalteco, nascido em 19 de outubro de 1899, na Cidade da Guatemala, e falecido em 9 de junho de 1974, em Madrid, Espanha. Ele é amplamente reconhecido como um dos principais expoentes da literatura latino-americana do século XX. 



domingo, 26 de janeiro de 2025

domingo, 24 de novembro de 2024

Campos de Carvalho - Se eu fosse Deus


 

Samuel Beckett - Escritor


 

Baudelaire - Sobre os sonhos


 

Como escrevo - Paul Auster (trechos de entrevista a Michael Wood)

Como escrevo

Paul Auster (trechos de entrevista a Michael Wood da Paris Review)



ENTREVISTADOR

Vamos começar falando sobre seu método de trabalho. Sobre como o senhor escreve.

PAUL AUSTER

Sempre escrevi à mão. Quase sempre com uma caneta tipo tinteiro, mas às vezes a lápis — especialmente para fazer correções. Se fosse capaz de escrever direto no computador ou numa máquina de escrever, eu escreveria. Mas teclados sempre me intimidaram. Nunca consegui pensar direito com meus dedos naquela posição. Uma caneta é um instrumento muito mais primitivo. A gente sente as palavras saindo do corpo para, então, gravá-las na página. Escrever sempre teve esse caráter tátil para mim. É uma experiência física.

ENTREVISTADOR

E o senhor escreve em cadernos. Não em blocos ou em folhas avulsas.

AUSTER

Sim, sempre em cadernos. E tenho um fetiche em particular pelos cadernos quadriculados — aqueles com quadradinhos no lugar das linhas.

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Extraído de: The Paris Review Interviews

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Café em Prosa - Cenas de café da manhã na literatura brasileira

Café em Prosa 


Banquete Literário: Cenas de Café da Manhã na Literatura Brasileira

Este primeiro volume da coleção Banquete Literário convida você a saborear as manhãs de personagens da literatura brasileira. Cenas de Café da Manhã na Literatura Brasileira é uma seleção única de trechos literários que revela o início do dia de personagens em crônicas, romances e contos. Do café coado ao pão fresco, cada passagem traz detalhes que revelam hábitos e gostos — um retrato da vida doméstica e cotidiana de diversas épocas e regiões.

Organizado por Herman Augusto Schmitz, este volume faz parte de uma série dedicada a explorar como a culinária se reflete na ficção. Uma leitura deliciosa tanto para os apaixonados por literatura quanto para os curiosos sobre as tradições alimentares brasileiras. Em breve, outros volumes da coleção trarão cenas de almoços, jantares, festas e muito mais.

Prepare-se para mergulhar em uma viagem pela cultura alimentar do Brasil, através das palavras de nossos grandes autores!


Café em Prosa 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Francesco Alberoni - A inveja

 


Jawaharlal Nehru — O tempo da ciência e da espiritualidade

 


Donizete Galvão — Fachada (poema)

 


Fernando Pessoa — Saber que a vida é verdadeira

 



Eurípedes - Questione tudo


 

Carlos Drummond de Andrade - A ilusão do migrante

 


Carl Jung - O inferno das paixões

 




quarta-feira, 21 de junho de 2023

A Rosa Mística — Poemas de Cleber Pacheco - Posfácio de Herman Augusto Schmitz (2023)

25 anos de poesia

Antes de tudo quero agradecer ao amigo Cleber Pacheco pelo convite para fazer parte dessa sua bem vinda comemoração de aniversário poético de 25 anos de pratica e de sensibilidade.

Um livro nunca está sozinho. São filhos que o autor cria com muito carinho. Sua obra já considerável entre contos e romances, sempre se pontuou com a presença da poesia. Sendo esta, a combinação das muitas faculdades necessárias para se escrever em prosa, acrescida com a musicalidade em seu ritmo próprio, entre o semântico e o fonético, com suas pausas e seus timbres, trazendo ao leitor reflexões do seu eu-lírico.

Em seu último livro de poemas "Poemas orgânicos", Cleber faz um mergulho no corpo biológico, nas entranhas da vida e da natureza, e de onde ele renasce rejuvenescido.

Em "A Rosa Mística" o poeta perscruta a alma, o sentido do oculto, do alegórico e do hermenêutico. Trazendo ao nível do leitor, reflexões com a autoridade de quem pratica o espiritualismo, especialmente o oriental ao longo dos anos, e é a essa sua voz interior, nascida da meditação e da contemplação, que concordamos em ouvir no formato de uma poesia iniciática.

A rosa, por sua cor de sangue derramado, já é um símbolo de renascimento místico. Podemos contemplá-la como uma mandala ou um centro de força, como no símbolo Rosacruz, ou a rosa de sete pétalas, cada uma evocando um metal. No caso dessa poética, esse simbolismo floral é também o de uma manifestação de saída das águas primordiais, acima das quais o poeta se eleva e abre a morada do seu ser.

Os círculos da rosa, também simbolizam um final de processo, onde eliminou-se as arestas e se mostra um produto final, com uma ordem de ideia, de simetria, de lógica e de claridade.

Cleber Pacheco consegue uma atmosfera anímica e afetiva, sem acentuar nenhuma corrente gnóstica específica, pois nos deparamos com elementos do catolicismo, do espiritismo, do paganismo e da espiritualidade oriental, em uma conjugação ecumênica com uma linguagem poética de grande compressão no encadeamento dos versos e uma cuidadosa pontuação, algo sempre arriscado em termos de poesia, mas que aqui atuam como marcações precisas para o fôlego do leitor.

Espero que esses versos tenham o alcance de público que ele merece, pois temos enfim, uma cosmologia poética altamente espiritual, de grande auxílio nesses tempos em que vivemos, entre tantas descrenças, materialismos e esse desmedido desprezo pela essência humana.

Meus parabéns e boa sorte!

Herman Augusto Schmitz

Poeta e Mestre em Letras – Estudos literários (UEL)

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A Rosa Mística

Cleber Pacheco (Poemas)

Editora Penalux (www.editorapenalux.com.br)

2023



sábado, 15 de abril de 2023

Importante é Demonstrar - Arthur Conan Doyle (Sherlock Holmes)

 


Citação inspiradora de Arthur Conan Doyle, o criador do famoso personagem Sherlock Holmes. Segundo o qual, "O importante não é o que sabemos, meu caro Watson, mas sim o que podemos demonstrar." Essa frase nos lembra que ter conhecimento é importante, mas ainda mais importante é ser capaz de aplicar esse conhecimento na prática e demonstrar seus resultados.

quinta-feira, 9 de março de 2023

A "haute cuisine" norte-americana em Rex Stout

 Contribuições à haute cuisine americana

Rex Stout

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Berin deixou passar. Abriu um sorriso. — Mas você não pretende discutir os restos da mesa conosco, não é?

— Não. O senhor Servan me convidou para falar sobre o que ele definiu como Contributions américaines à la haute cuisine.

— Bah! — Berin resmungou. — Não há nenhuma.

Wolfe ergueu as sobrancelhas. — Nenhuma, senhor?

— Nenhuma. Dizem que se pode encontrar uma boa comida nos lares americanos, mas ainda não a experimentei. Ouvi falar no cozido da Nova Inglaterra, em broa de milho, chowder de mariscos e gravy ao leite. Pratos para as multidões, que não devem ser desprezados quando bem preparados. Mas não são para os mestres. — Ele riu de novo. — Essas coisas estão para a haute cuisine assim como as canções românticas estão para Beethoven e Wagner.

— Diga — Wolfe apontou um dedo para ele —, você já comeu cágado refogado na manteiga, com caldo de galinha e xerez?

— Não.

— E já experimentou um filé grelhado servido na tábua, com cinco centímetros de altura, soltando seu rubro suco na faca, guarnecido com salsa-americana e fatias de lima cortadas na hora, acompanhado de purê de batata que derrete na boca e rodeado de fatias grossas de cogumelos frescos malpassados?

— Não.

— Ou a dobradinha créole de Nova Orléans? Ou o presunto Boone County do Missouri, assado com vinagre, melado, Worcestershire, sidra doce e ervas? Ou galinha Marengo? Ou frango em molho de ovo talhado, com passas, cebolas, amêndoas, xerez e linguiça mexicana? Ou opossum do Tennessee? Ou lagosta Newburgh? Ou sopa de peixe da Filadélfia? Pelo que posso perceber, ainda não. — Wolfe apontou o dedo para ele. — O paraíso da gastronomia é a França, eu sei. Mas seria bom, antes de ir até lá, dar uma volta por aqui. Eu comi dobradinha à moda de Caen no Pharamond, em Paris. É sensacional, mas não supera a dobradinha créole, que, por evitar o excesso de vinho, jamais agride o estômago. Na minha juventude, quando eu me movia com mais facilidade, provei a bouillabaisse em Marselha, seu berço e seu templo, e só servia para encher a pança, lastro para estivadores, comparada com a que se prepara em Nova Orléans! Se a caranha vermelha não estiver disponível...

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Rex Stout (1886-1975)

Cozinheiros Demais

Título original americano

TOO MANY COOKS

1938

Tradução:

CELSO NOGUEIRA

Companhia das Letras

1991

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ORELHAS

      Somente um encontro dos quinze maiores chefs do mundo poderia tirar Nero Wolfe de sua casa em Nova York e levá-lo a tomar um trem para West Virginia. Ou teria o obeso detetive, que detesta tudo o que se move, outro motivo mais palatável para se submeter a essa horrível provação?

      Esse é apenas o mistério inicial deste livro preparado com requinte por Rex Stout para os gourmets do romance policial. Acompanhado pelo fiel Archie Goodwin, que se autodefine como “secretário, guarda-costas, gerente, assistente de detetive e bode expiatório” do sibarita da rua 35, Nero Wolfe leva seu corpanzil para a opípara reunião dos Quinze Maîtres, que ocorre a cada cinco anos chez o chefe mais velho. Ele é nada menos que o convidado de honra, encarregado da espinhosa tarefa de fazer um discurso sobre as Contributions américaines à la haute cuisine para uma plateia de chefes europeus desdenhosos e temperamentais.

      Mas as lautas refeições e os acepipes refinados ganham um ingrediente inesperado: assassinato. E a vítima não era do gosto de vários dos cozinheiros presentes: qual deles teria usado a faca de modo tão indelicado? Wolfe tenta ficar de fora do caso, mas as circunstâncias o obrigam a meter a mão na massa e tentar resolver o crime depressa, a tempo de tomar o trem de volta para Nova York.

      Mulheres fatais, policiais do interior pouco acostumados às extravagâncias de Wolfe, algumas pitadas de ironia e de crítica apimentada ao racismo e um texto absolutamente ao ponto completam o menu desta obra em que Rex Stout põe em ação um dos detetives mais singulares e extraordinários da história do romance policial.

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Rex Stout nasceu em Noblesville, Indiana, em 1886. Teve fama de menino-prodígio em matemática, sendo exibido em feiras populares. Pouco frequentou a universidade e alistou-se na Marinha, onde serviu no iate do presidente Theodore Roosevelt. Trabalhou como escritor free-lance, guia turístico e contador itinerante. Mais tarde, inventou um sistema bancário para escolas que lhe rendeu bom dinheiro. Em 1927, retirou-se para Paris e dedicou-se à literatura. Foi ativo na luta contra o nazismo e, depois, contra as armas nucleares. Morreu em 1975, numa villa suntuosa à beira do Mediterrâneo.



Dobradinha créole de Nova Orléans

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(Postagem original em: http://bit.ly/3Jqnk6T )

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós, 1875 (excerto)


 Amaro achava aquelas unhas admiráveis, porque tudo que era ela ou vinha dela lhe parecia perfeito: gostava da cor dos seus vestidos, do seu andar, do modo de passar os dedos pelos cabelos, e olhava até com ternura para as saias brancas que ela punha a secar à janela do seu quarto, enfiadas numa cana. Nunca estivera assim na intimidade duma mulher. Quando percebia a porta do quarto dela entreaberta, ia resvalar para dentro olhares gulosos, como para perspectivas dum paraíso: um saiote pendurado, uma meia estendida, uma liga que ficara sobre o baú, eram como revelações da sua nudez, que lhe faziam cerrar os dentes, todo pálido. E não se saciava de a ver falar, rir, andar com as saias muito engomadas que batiam as ombreiras das portas estreitas. Ao pé dela, muito fraco, muito langoroso, não lhe lembrava que era padre; o Sacerdócio, Deus, a Sé, o Pecado ficavam embaixo, longe, via-os muito esbatidos do alto do seu enlevo, como de um monte se veem as casas desaparecer no nevoeiro dos vales; e só pensava então na doçura infinita de lhe dar um beijo na brancura do pescoço, ou mordicar-lhe a orelhinha.

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O Crime do Padre Amaro
Eça de Queirós
1875

Espaguete no romance 'O Grifo de Abdera' de Lourenço Mutarelli (2015)

 Receita de espaguete

Lourenço Mutarelli
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Oliver pega no armário da cozinha um bom chileno.

Serve primeiro Gilda e propõe um brinde.

Ao recomeço.

Gilda não olha em seus olhos quando as taças se encontram.

Sim, ele comprou taças. Mas não para brindar com Gilda. Comprou para a noite que imaginou com Marina. E Oliver contou sobre os dias que viveu longe da amiga. Alterando um pouco a ótica. Tentando convencê-la de que sentira sua falta. Depois de encher as taças pela segunda vez, anunciou que prepararia o jantar.

Gilda o acompanhou à cozinha. Insistiu em ajudar. Oliver não permitiu. Disse que seria um prazer cuidar de tudo. Gilda o observava encostada ao batente da porta. Por sorte ainda tinha tomate-cereja. E Oliver montou uma salada. Temperou com azeite, sal negro e orégano. Umedeceu as pontas dos dedos e aspergiu os tomates. Depois guardou na geladeira para que o sabor ficasse mais agradável. Encheu de água uma panela grande e pôs pra ferver.

Vamos encher nossas taças enquanto esperamos a água ferver.

Repôs o vinho e disse a Gilda que estava muito feliz por ela estar ali.

Para quebrar o silêncio, contou o sonho. Disse que, enquanto passava o cortejo, ele se aproximou do morto e retirou a moeda destinada a Caronte, o filho da noite. E guardou-a em sua túnica. Disse que, ao acordar, se sentiu mal com isso. Porque dessa forma obrigou o morto a vagar por cem anos às margens do Estige ou do Aqueronte.

Terminou a primeira garrafa ao completar os copos novamente. Então abriu outra.

Picou uma cebola e três dentes de alho. Chorou ao cortar a cebola. Botou a panela no fogo. Derramou azeite extravirgem. Refogou. Quando as cebolas douraram, retirou a carne da bandeja de isopor e jogou sobre o tempero. Acrescentou sal marinho.

Quando a água começou a ferver, ele a salgou e acrescentou o espaguete. Acendeu outra boca, onde pôs outra panela. Uma colher de manteiga e um toque de azeite. Depois, o molho pronto. Completou com água a mesma embalagem e adicionou o conteúdo à panela.

Gilda observava cada detalhe. Oliver pegou uma toalha xadrez e jogou sobre a mesa da sala. Gilda fez questão de terminar de pôr a mesa. Ele mostrou onde estavam os talheres e os pratos. Sobre a toalha ele centralizou as flores que Gilda levara.

Quando a carne estava no ponto, jogou-a no molho. Escorreu o macarrão. Adicionou uma colher de manteiga. Pegou os tomates na geladeira, queijo ralado, e foram pra sala.

Gilda elogiou a massa.

Era difícil desenvolver uma conversa, mas Oliver insistia. Procurava criar assuntos. Falou sobre nossa parceria. O simples fato de evocar o meu nome despertou aquele olhar furioso de Gilda. Então, rapidamente, Oliver desviou o assunto. Falou das dificuldades econômicas dos escritores. Dos míseros dez por cento. Como isso ainda me evocava e dessa forma a ligação de Oliver e Marina, ele resolveu servir nectarinas de sobremesa.

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O Grifo De Abdera
2015

(Google imagens)
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