William Butler Yeats
Houve
um homem a quem a Pena fez seu amigo
e
ele, sonhando com a sua importante amiga
foi
com passos lentos pelas areias
fugidias
e rumorosas, onde acodem
as
onda encrespadas sob o vento:
e
clamou às estrelas, que desçam
de
seus pálidos tronos a alivia-lo
porém
elas riram e cantaram.
E
então o homem de quem a Pena se fez amigo
gritou:
Mar lúgubre, ouve a minha lastimável história!
O
mar seguiu seu curso e deu seu antigo grito silencioso,
rodando entre colinas sonolento.
rodando entre colinas sonolento.
Ele
deixou de perseguir a glória deste,
e detendo-se em um ameno vale remoto
gritou a sua história para as rutilantes folhas de orvalho.
e detendo-se em um ameno vale remoto
gritou a sua história para as rutilantes folhas de orvalho.
Mas
nada ouviram, pois ela ouvem somente
o som de seu próprio gotejar.
o som de seu próprio gotejar.
E
logo o homem a quem a Pena se fez amigo
buscou outra vez a praia, e falou para uma concha,
e pensou, cantarei minha penada história
até que, fazendo eco, minhas palavras
enviem sua tristeza através de um coração oco e perolado
e cante para mim a minha própria história
e alivie as minhas palavra sussurradas
e, aí, meu antigo pesar desapareça.
Cantou
então parado à margem perolada;buscou outra vez a praia, e falou para uma concha,
e pensou, cantarei minha penada história
até que, fazendo eco, minhas palavras
enviem sua tristeza através de um coração oco e perolado
e cante para mim a minha própria história
e alivie as minhas palavra sussurradas
e, aí, meu antigo pesar desapareça.
mas o triste habitante do oceano
retornou quando ele cantou em seu gemido inarticulado
entre suas bordas confusas, esquecendo-o.
retornou quando ele cantou em seu gemido inarticulado
entre suas bordas confusas, esquecendo-o.
****
Do livro Encruzilhadas, 1889
Tradução de Herman Schmitz
Tradução de Herman Schmitz
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