terça-feira, 7 de maio de 2013

Ernesto Sábato - Música e Sofrimento

In Sobre Heróis e Tumbas, 1961


Um comentário:

  1. Ernesto Sabato (Rojas, 24 de junho de 1911 – Santos Lugares, 30 de abril de 2011) foi um romancista, ensaísta e artista plástico argentino.

    Sabato foi vencedor do Prêmio Cervantes de Literatura (1984) e um dos maiores autores argentinos do século XX.

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    SOBRE HERÓIS E TUMBAS
    Ernesto Sabato

    Lançado em 1961 e traduzido em vinte idiomas, Sobre heróis e tumbas é um romance magistral em que se cruzam três fios narrativos: a paixão devastadora de Martín por Alejandra, o nascimento traumático de uma nação e a história da Seita Sagrada dos Cegos, casta maléfica de poderes esotéricos e milhões de súditos no mundo todo. Martín tem dezessete anos e pavor das mulheres, até o dia em que conhece Alejandra. Ela é apenas um ano mais velha, porém já nasceu madura, caótica, torturada e tortuosa, louca talvez - como Fernando, que persegue furiosamente a Seita dos Cegos. Um século antes, o general Juan Lavalle, herói da independência argentina, caçou com a mesma fúria o tirano Juan Manuel de Rosas e teve de bater em retirada rumo à Bolívia, para salvar a própria cabeça e os sobreviventes maltrapilhos de sua famosa Legião.
    Sabato decompõe o ciúme corrosivo de Martín e as pulsões incestuosas de Fernando, radiografa a demência da ilustre família Olmos e o ódio fratricida dos caudilhos na luta pela emancipação da pátria, interroga as mensagens mais obscuras do inconsciente, os sonhos e pesadelos, os mitos. O cenário é Buenos Aires, metrópole dos cafés literários e dos cortiços de imigrantes, dos bares de La Boca e dos torcedores do Boca, do peronismo ainda triunfante nos anos 50. Dessa viagem, o leitor não volta ileso. Mas terá descoberto que Ernesto Sabato é um escritor apaixonadamente humano e que o reverso de sua visão trágica do mundo é a metafísica da esperança.
    Nascido em 1911, Sabato doutorou-se em física e, no final da década de 40, quando se obteve a fissão do átomo de urânio, tornou-se pesquisador do Laboratório Curie, em Paris. Uma visão premonitória e apocalíptica da bomba atômica o fez abandonar a ciência e dedicar-se à literatura.

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