Conselhos do gigante Gargântua a seu filho Pantagruel.
"Aconselho-te, meu filho, a que empregues bem a juventude e aproveites na virtude e no estudo [...] Quero que aprendas perfeitamente línguas, primeiramente o grego, depois o latim; em seguida o hebreu, para conhecimento das Sagradas Escrituras. Que não haja história que não conheças, para o que te ajudará a Cosmografia. Das artes liberais, Geometria, Aritmética e Música, já te deram noções quando eras pequeno, na idade de cinco ou seis anos. Continua a estudá-las e estuda todas as regras de Astronomia. [...] O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. […] Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo..."
Pantagruel é o herói do primeiro romance de François Rabelais "Os horríveis e apavorantes feitos e proezas do mui renomado Pantagruel, rei dos dipsodos, filho do grande gigante Gargântua", publicado em 1532. Pantagruel é filho do gigante Gargântua e de sua mulher Badebec, que morre durante o parto.
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