quarta-feira, 13 de junho de 2012

Conde de Lautréamont - Poesias, 1870

Perante estes imundos cadáveres que me envergonho de nomear, é tempo de reagir enfim contra o que nos choca e nos humilha tão soberanamente:


2 comentários:

  1. Fechem Lautreamont e tudo voltará ao seu lugar (Francis Ponge)

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  2. Isidore Lucien Ducasse, mais conhecido pelo pseudónimo literário de Conde de Lautréamont (Montevidéu, 4 de Abril de 1846 — Paris, 24 de Novembro de 1870) foi um poeta uruguaio que viveu na França.

    É o autor dos Cantos de Maldoror. Sua poesia também era apreciada por André Breton, que o considerava, de certa forma, como um dos precursores do surrealismo.

    Biografia

    A quantidade de informação sobre a vida deste poeta é diminuta. Sabe-se que nasceu no Uruguai, "nas costas da América, na foz do La Plata", como é dito no Canto I de sua obra-prima "Os Cantos de Maldoror", onde também se identifica como "Montevidense". Era filho de um chanceler do Consulado Francês no Uruguai. Sua mãe, francesa, morreu quando o escritor tinha apenas vinte meses de idade.

    Foi também descoberta, em 1977, uma edição da Ilíada de Homero, em Espanha, com a seguinte inscrição na folha de rosto: "Propriedad del señor Isidoro Ducasse nacido en Montevideo (Uruguay) – tengo tambien "Arte de hablar" del mismo autor. 14 Avril 1863.", ou seja "Propriedade do senhor Isidore Ducasse nascido em Montevidéu (Uruguai)- tenho também "Arte de Falar" do mesmo autor. 14 de abril de 1863", o que leva a crer que, apesar de ter escrito a sua obra maior em francês, utilizasse principalmente a língua espanhola.

    Crê-se que pseudónimo Lautréamont tenha sido inspirado no nome de um romance de Eugène Sue, "Latréaumont" (note-se que há uma leve diferença na grafia da palavra); a atribuição do título de Conde poderá ser uma referência ao Marquês de Sade ou uma forma de destacar-se da burguesia, ainda que não existam quaisquer provas destas duas teses.

    Lautréamont morreu aos 24 anos de idade, em 24 de novembro de 1870, às 08h00, em seu hotel. Em seu atestado de óbito foi dado "não há nenhuma informação". Uma vez que muitos tinham medo de epidemias, enquanto Paris foi sitiada, Ducasse foi sepultado no dia seguinte após um culto em Notre Dame de Lorette, em um túmulo provisório no Cemetière du Nord. Em janeiro de 1871, seu corpo foi colocado em outra sepultura num outro lugar.
    Características literárias

    O seu poema Les Chants de Maldoror– ("Os Cantos de Maldoror", em português), constituído de sessenta estrofes, é considerado uma obra seminal no campo da literatura fantástica, ainda que hoje escape a qualquer classificação.

    Os críticos e o público, em geral, dividem-se quanto à classificação desta obra. Para alguns, foi um gênio da literatura universal – André Breton considerava-o uma "revelação total que parece exceder as possibilidades humanas" e o considerou um precursor do Surrealismo; Léon Bloy, por seu lado, dava-o por louco, "uma ruína humana completa". Contudo, o autor foi-se transformando numa referência principalmente para intelectuais apreciadores do género mais subversivo da literatura, tornando-se um autor de culto.
    Obras principais

    Les chants de Maldoror (Os Cantos de Maldoror) - O primeiro canto sai anônimo em 1868. Esse mesmo canto seria publicado, novamente, em 1869, na Antologia "Parfum's de l'Âme", também sem identificação de autor. Em 23 de outubro de 1869 é anunciada a publicação de Cantos de Maldoror (I, II, III, IV, V e VI) pelo Conde de Lautréamont, mas os livros foram retirados da venda pelo editor; somente em 1874 o volume chegaria às livrarias.
    Poesias - São textos em prosa de natureza ensaística publicados em 1870, ano da morte de Lautréamont.

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Lautr%C3%A9amont

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