segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Boris Vian - O arranca corações (trecho)

Menino para sempre...


2 comentários:

  1. Boris Paul Vian (Ville-d'Avray, 10 de Março de 1920 — Paris, 23 de Junho de 1959), foi um Polimata (engenheiro, escritor, Poeta, Tradutor e cantautor francês), identificado com o movimento surrealista e ao anarquismo enquanto filosofia política. Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções. O Seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor. Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!

    Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no Jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis. Escreveu inúmeros artigos para as revistas de Jazz Le Jazz hot e Paris Jaz e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.

    Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade fazendo hoje parte do património cultural francês como Le Déserteur, La Java des bombes atomiques. Chegou a ter uma banda Jazz formada por si e pelos seus dois irmãos que tocava no famoso clube de Jazz do Quartier Latin Le Tabou. Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção Francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.

    Carreira

    Em 24 de Agosto de 1942, Vian foi admitido como Engenheiro na Associação Francesa de Normalização – AFNOR. Por este facto Vian e Michèle mudaram-se para Paris e fixaram residência no 10˚ Distrito. Nesta altura, Vian era já um trompetista reconhecido e em 1943 escreve a sua primeira novela Trouble dans les andains, que apenas será publicada após a sua morte em 1966. Também em 1943 publicará, sob o pseudónimo de Bison Ravi (Anagrama de Boris Vian) o seu primeiro poema no Boletim do Hot Clube de França.

    Em 1944, Paul Vian foi assassinado em casa por um ladrão que nunca seria capturado. Nesse mesmo ano, Vian acaba o romance Vercoquin et le plâncton, uma novela inspirada pelas festas-surpresas da sua juventude e pelo seu trabalho (Muito satirizado) na AFNOR. Em Fevereiro de 1946, Vian demite-se da AFNOR e aceita um emprego público no Escritório Profissional das Indústrias do Papel e Cartão através de um amigo, pois para além de ser mais bem pago que na AFNOR, Vian não tem praticamente nada para fazer[2]. Aproveitando esse facto Vian aproveita para escrever. No início de 1946, Boris Vian estabeleceu relações de amizadecom Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Albert Camus e a equipa da revista Temps Modernes, na qual iniciará uma colaboração com a publicação das suas novelas e poemas[3].

    Raymond Quenau e Jean Rostand ajudaram Vian a conseguir a publicação, em 1947, nas Editions Gallimard desta e outras obras completadas em 1946. Nestas, estava incluída as suas primeiras grandes novelas, A Espuma dos dias e Outono em Pequim. Apesar de, hoje em dia serem as obras mais aclamadas de Vian, sobretudo a primeira, considerada hoje uma obra-prima, na altura não atraíram as atenções, sendo falhanços comerciais

    Frustrado pelo falhanço comercial dos seus trabalhos, Vian escreve “Irei cuspir-vos nos túmulos”, mas devido à natureza da história, por precaução, apenas assina a introdução, anunciando-se como o Tradutor de um escritor Norte-Americano Vernon Sullivan. Vian, persuadiu o seu amigo Jean d’Halluin (um editor em inicio de carreira) a publicar o livro. O livro tornou-se, graças a queixas por parte de sectores puritanos, num campeão de vendas desse ano, levando Vian a escrever mais 3 novelas Vernon Sullivan entre 1947-1949.

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Vian

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  2. A ultima novela de Vian, O Arranca-Corações foi publicada em 1953 com poucos resultados comerciais o que leva a Vian abandonar a ficção e a dedicar-se à composição e interpretação de canções e à poesia. Ao contrário da escrita de ficção, Vian começou logo a obter sucesso no campo da canção. Em 1954 ele inicia a sua primeira Tourné como cantor. Em 1955, Vian foi contratado pela Philips- Edições discográficas, será nomeado director artístico em 1957, enquanto ao mesmo tempo se dedicava a vários campos, como a escrita de óperas, argumentos, peças de teatro. O seu primeiro álbum – Chansons Possibles et Impossibles foi publicado nesse mesmo ano e imediatamente proibido devido à Canção “Le Déserteur”.

    Ainda em 1956, Vian produz os primeiros discos de Rock and Roll francês, interpretados por Henry Salvador e Magali Noël em que as letras eram quase todas da autoria de Vian.

    Em 1957 a sua Opera Le Chavalier de la Neige é estreada em Nancy com boa recepção por parte do público e da crítica. No ano seguinte escreverá o libreto da Opera Fiesta com música de Darius Milhaud que será estreada na Opera de Berlim em Outubro. [5].

    Em 8 de Junho de 1952 Vian entra para o Colégio de Patafísica com a categoria de Esquartejador (Equarrisseur) de 1ª Classe e em 1954 é promovido a Promotor insigne da Ordem da grande Guidouille(Guidouille – Barriga do Pai Ubu). No mesmo colégio pontificam Jacques Prévert, René Clair e outros vultos da cultura francesa. A 11 de Junho de 1959 numa festa para a entronização de um novo curador do Colégio, o Satrapa Látis fará o elogio de Boris Vian, que se tornará, 12 dias depois no seu próprio elogio fúnebre. [6].

    A 23 de Junho de 1959 no cinema Marbeuf, Boris Vian morre de enfarte do miocárdio durante uma projecção privada do filme Irei cuspir-vos nos túmulos durante a qual Vian se exaltou com os desvios que o filme tinha em relação à sua obra, recusando que o seu nome aparecesse no genérico.

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Vian

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